18.12.08

tempo...

um dia disseram-me que falava como as pessoas que já viveram muitos e muitos anos. Lembro-me muitas vezes do episódio mas nunca cheguei a perceber se era um insulto ('hey miúda, és pior que uma sra. velha velhota') ou se estaria relacionado com a forma como encaro o tempo...

Sempre tive dificuldade em lidar com o tempo - o agora que dedico ao antes e ao depois num rodopio de exigências, fantasmas, antecipações inúteis e expectativas disparatadas.

Não acredito no casamento [apesar de encarar a como uma força inabalável sou céptica todos os dias] embora reconheça que tem símbolos deliciosos - sabem porque é que os noivos trocam alianças no dia de casamento? São anéis sem junções, sem princípio nem fim, representam a continuidade. O para sempre e o nunca fazem parte dos fatalismos do Homem...

[A esta altura estão vocês a perguntar 'o que é que o cu tem haver com as calças?'... Compreensível!]

Nunca vos aconteceu acordar à hora de almoço e ficarem frustrados por terem desperdiçado metade do dia? A mim acontece-me frequentemente - sou uma preguiçosa compulsiva com a mania de que o mundo acaba amanhã...

A questão é que o mundo vai mesmo acabar amanhã! Continuamos a abusar e acomodarmo-nos sem deixarmos de procurar desculpas para a falta de acção... custa admitir mea culpa e reagir.

Dar tempo ao mundo começa em nós...



Justificar completamente

2 comentários:

  1. Olha lá, então se o mundo acaba amanhã, devias era acordar mais cedo para não perder pitada! :-)) Fazes como o Ricardo Araújo Perira, compras um pacote de pipocas e ficas a assistir ao fim do mundo ;-)
    Mais a sério, é verdade o que dizes. Temos sempre a sensação de que é sempre tudo eterno. E não é. Não somos nós e, pelo andar da carruagem, também não é o planeta...

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  2. tens toda a razão! a questão é que adorava ser daquelas pessoas que só dormem 4h por dia e que fazem 3 e 4 coisas ao mesmo tempo sem entrarem em paranóia... :)

    e gosto imenso de pipocas, podem ser doces ou salgadas, coloridas ou branquinhas, não sou esquisita, mas assistir ao fim do mundo tem muito ar de ser...insosso, intragável, amargo, ..., não é coisa que me apeteça provar!

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